Parei mesmo de comer carne. E não sinto falta nenhuma mas aqui em casa não sou eu quem faço a comida, e isto tem dificultado algumas coisas… arroz, feijão, salada, legumes, tudo moderadamente.

Não me considero vegetariano, engraçado, mas outro dia tive de fazer um lanche na rua e me deparei com o fato: quase tudo que via na estufa da lanchonete tinha carne. Vai um pão de queijo ai??? Dai pensei em quem é vegano. 

Dios mio, vai ser complicado mudar para si mesmo, mudar para os outros mais complicado ainda. Repetir as mesmas coisas milhares de vezes até que o outro assimile.

É duro repetir para o sujeito que você não come carne e o dito te oferecer frango, como se frango brotasse em árvore. 

Parei de comer cadáver. Sim eu já comi, mas parei. De repente descobri que não sou canibal, que não sou automato, que não tenho obrigações para com o tesouro Nacional, e que isto nunca foi mais uma questão de direitos que de consciência. 

Acredito que todos iremos evoluir, que desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento mental quase nunca andam juntos, basta observar algumas sociedades primitivas e comparar com os fragmentos e vestígios do paleolítico. 

Que a humanidade evolua, e que sejamos exemplo, anacronismos de Paz em tempos de Guerra. Hoje esperamos o semáforo esverdear, faço parar o minuto, te mostro a opção de evitar retrabalhos, o amanhã ainda não se apresentou, o amanhã não virá posto que, enquanto a refeição representar a morte de um ser, ficará sobre a mesa. 

Aud D’Angelo Dias

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